Nem acredito que parei pra escrever um texto inédito!
Ele é muito polêmico, mas vamo lá!
Vindo de uma cidade relativamente pequena, eu sempre ouvi falar desse tipo de pessoa, os tais interesseiros...Quando um moço velho casa com uma moça novinha, ela é interesseira.Quando alguém tem muito dinheiro logo todos a sua volta são taxados de interesseiros.
Não vou negar, eu sou uma pessoa privilegiada financeiramente, mas, apesar disso fazer parte de quem eu sou (foi duro aceitar isso), não sou apenas isso.Passei muito tempo em extremos de querer passar a impressão de que tenho menos do que tenho, e depois de que tenho muito, tudo isso devido ao meu interesse de eu querer direcionar a opinião das pessoas sobre mim. Afinal, descobri que isso não é tão importante, e se a pessoa prioriza o meu status bancário EU é que não quero vínculo com ela (vinculo mais profundo, onde eu possa mostrar minhas loucuras, porque vinculo com pessoas assim é necessário para minha teoria la no final do texto). É obvio que em certas situações eu ainda uso de um estereotipo rico/pobre para interagir com pessoas que merecem esse tipo de classificação. Tipo algumas vendedoras de lojas... rs Afinal, esperto é aquele que sabe agir de maneira mais apropriada para cada situação sem se prender a padrões e expectativas! De boba eu não sou nada.
Voltando ao tópico, por que a palavra interesse se tornou tão carregada? Qual o problema na troca de favores? Não é assim que o nosso modelo socioeconômico é baseado? E se ele é assim baseado, por que não utilizar dele para expandir nossas limitações? Calma, já vou explicar...O primeiro exemplo que eu usei como forma de interesse: O velhinho e a mocinha. O velhinho precisa de companhia, de status pra sociedade que ainda da conta de dar umazinha. A mocinha precisa de grana e de status, ponto. Se essa troca não for misturada com má índole(como um destratar o outro), não vejo onde há algo errado! Os dois estão felizes e satisfeitos. A pessoa que tem muito dinheiro só tem amigos interesseiros. Isso só acontece com idiota! Quem se deixa só ter amigos interesseiros, é tão supérfluo quanto os “amigos”. São pessoas que não valorizam a genuinidade de um ato de amor singelo, aglomeradas se chamando de amigos! Até porque para só se ter amigos interesseiros tem que ser muito mala pra ninguém gostar de você pelo que você é. Isso baseado na pura teoria de que você atrai o que você transmite. Se você não é verdadeiro nos seus sentimentos, não serão com você.
Amigos, namorados, família, trabalho, todas nossas relações são interesse. Em alguns setores é mais aceitável, em outros tem o estereotipo “interesse” como uma coisa horrível!
Baseando-se que nós estamos no mundo para sobreviver o melhor possível e tudo que isso implica, nós precisamos um do outro. Para proteção, procriação, alimentação, poder, apatia, e etc. Todas nossas relações são regidas por interesses totalmente primitivos, o que mudou é que estamos mais sofisticados em jogos de interesse chamado de sociedade. O interesse mais admirado do mundo é o tal do amor (outro nome vulgarizado). Dizem que o tal amor não é interesse. Mas o que é amor? O dia que alguém conseguir conceituar essa palavra e todas suas vertentes eu retiro todo esse meu texto e mudo de opinião.
O meu ponto é o seguinte: Interesse, pode ser utilizado para o bem ou o mal. O seu bem ou o seu mal, o mal do próximo ou o bem do próximo, pro futuro ou pro presente, genuíno ou meticulosamente manipulado. Mas, no final é tudo interesse! E como saber se seu interesse está sendo do bem ou do mal? Não tem como! O bem e o mal são relativos, o que é bem pra você pode não ser para mim e ao contrario também. Eu descobri minha teoria de viver com essa MINHA verdade. Me tornando quem eu sou de verdade, sem ignorar a importância da sociedade como principal meio de conquistar meus objetivos, minha consciência fica mais limpa e embasada e assim eu me perdôo. É fácil falar, mas difícil viver assim.
Não sei se vocês entenderam meu ponto aqui, tem muitos conceitos, qualquer dúvida, escrevam. Eu explico frase por frase hahahahah!
Beijos!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Assinar:
Comment Feed (RSS)
|